A vida de Nichiren Daishonin
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Bodhisattvas
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Os
bodhisattvas
No buddhismo Mahayana, um bodhisattva (páli bodhisatta, chin. p'u-sa, jap. bosatsu/ bodaisatta, tib. jangchub sempa/ byang chub sems dpa') é um ser da iluminação, que está no caminho para alcançar o estado de Buddha.
Enquanto
existir o espaço e os seres em sofrimento, continuarei a renascer
no samsara para ajudar a todos os seres sencientes.
(Shantideva,
Bodhicharyavatara)
Certos
textos, como o Dashabhumika Sutra e o Rajaparikatha Ratnamala, descrevem
os dez estágios que um bodhisattva deve atravessar até
alcançar o estado de Buddha.
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O
primeiro estágio é Muito Alegre [sânsc. Pramudita],
uma vez que o bodhisattva está exultante. Ele abandona os três
impedimentos e nasce na linhagem dos Tathagatas. Pela maturação
dessas qualidades, a perfeição da generosidade torna-se
suprema; ele ilumina, com sua vibração, uma centena de
mundos e se torna um grande senhor do universo.
O
segundo estágio é chamado Sem Mácula [sânsc.
Vimala] porque as dez ações virtuosas do corpo, da fala
e da mente são imaculadas e ele permanece nelas de modo natural.
Pela maturação dessas qualidades, a perfeição
da ética torna-se suprema; ele se torna um monarca universal
que auxilia os seres, senhor dos quatro continentes gloriosos e das
setes substâncias preciosas.
O
terceiro estágio chama-se Brilhante [sânsc. Prabhakari]
porque surge a pacificadora luz da sabedoria. Geram-se as concentrações
e clarividências, enquanto o desejo e o ódio são
de todo extintos. Pela maturação dessas qualidades, a
perfeição da paciência torna-se suprema; extinguindo-se
o desejo por completo, torna-se um grande e sábio rei dos deuses.
O
quarto estágio é chamado Radiante [sânsc. Archishtamani]
porque surge a luz da verdadeira sabedoria, na qual ele cultiva de modo
supremo as práticas que auxiliam a iluminação.
Pela maturação dessas qualidades, ele se torna um rei
dos deuses no paraíso Yama, hábil em impedir o surgimento
da concepção de que a conjunção transitória
seja a natureza intrínseca.
O
quinto estágio chama-se Difícil de Superar [sânsc.
Sudurjaya] porque os perversos acham dificílimo subjugá-lo;
ele se torna capaz de conhecer os significados sutis das verdades nobres
e afins. Pela maturação dessas qualidades, ele se torna
um rei dos deuses, que habita o paraíso Tushita, supera as fontes
de aflição e as opiniões de todos os tirthikas.
O
sexto estágio é chamado Aproximação [sânsc.
Abhimukhi] porque ele se aproxima das qualidades de um Buddha; pela
familiaridade com a quietude permanente e com a sabedoria diferenciadora,
ele atinge a cessação e, portanto, avança na sabedoria.
Pela maturação dessas qualidades, ele se torna um rei
dos deuses no paraíso Nirmanarati. Os shravakas não podem
superá-lo: ele pacifica os que têm o orgulho da superioridade.
O
sétimo estágio é o Afastado [sânsc. Duramgama],
porque o número de suas qualidades aumentou e em qualquer momento
ele pode adentrar o equilíbrio da cessação. Pela
maturação dessas qualidades, ele se torna um senhor dos
deuses no paraíso Paranirmitavasavartin, torna-se um grande mestre
de mestres porque conhece a realização direta das verdades
nobres.
O
oitavo estágio é chamado Imutável [sânsc.
Achala], o estágio vigoroso; devido à sua não-conceitualidade,
ele é imóvel e as esferas de atividade de seu corpo, fala
e mente são inconcebíveis. Pela maturação
dessas qualidades, ele se torna um Brahma, senhor de mil mundos; arhats,
pratyeka-buddhas e afins não podem superá-lo em elucidar
o significados das doutrinas.
O
nono estágio é chamado Inteligência Perfeita [sânsc.
Sadhuma]; como um regente, ele atingiu a realização individual
correta e, portanto, tem inteligência perfeita. Pela maturação
dessas qualidades, ele se torna um Brahma que é senhor de um
milhão de mundos; os arhats e afins não podem superá-lo
em responder às questões dos pensamentos dos seres sencientes.
O
décimo estágio é a Nuvem do Dharma [sânsc.
Dharma-megha] porque cai a chuva da doutrina excelente; o bodhisattva
é consagrado com luz pelos Buddhas. Pela maturação
dessas qualidades, ele se torna um senhor dos deuses de Morada Pura,
ele é um grande soberano supremo, senhor da esfera da sabedoria
infinita.
Assim,
estes dez estágios são celebrados como os dez dos bodhisattvas;
o que se refere ao Estágio de Buddha [sânsc. Buddha-bhumi]
é diferente porque, inconcebível de todas as maneiras,
diz-se que sua extensão ilimitada abraça os dez poderes;
cada um de seus poderes também é incomensurável
como o número ilimitado de todos os seres que transmigram. Afirma-se
que o ilimitado das qualidades de um Buddha é igual ao do espaço,
da terra, da água, do fogo e do ar, em todas as direções.
(Nagarjuna,
Rajaparikatha Ratnamala)
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De
um modo geral, os principais bodhisattvas são três: Avalokiteshvara,
associado à compaixão (sânsc. karuna) que elimina
o veneno do apego (desejo); Manjushri, associado à sabedoria
(sânsc. prajna) que elimina o veneno da ignorância (desconhecimento);
e Vajrapani, associado aos métodos ou meios hábeis (sânsc.
upaya) que eliminam o veneno da raiva (ódio, aversão).
Na China,
quatro bodhisattvas são associados a montanhas sagradas: Avalokiteshvara
(chin. Kuan-yin), Manjushri (chin.Wen-shu), Samantabhadra (chin. P'u-hsien)
e Kshitigarbha (chin. T'i-ts'ang).
Principais
Bodhisattvas
Avalokiteshvara
(chin.
Kuan-yin, Kuan-hsi-yin; jap. Kannon, Kanzeon, Kanjizai; tib. Chenrezig/
spyan ras gzigs)
"Aquele
que ouve os sons de todos os mundos", é o bodhisattva da
compaixão, o mais venerado de todo o buddhismo Mahayana. Segundo
as lendas, ele nasceu de um raio de luz, emanado pelo dhyani-buddha
Amitaba. Das lágrimas de Avalokiteshvara, teria nascido Tara
(chin. Tuo-luo, jap. Tarani, tib Drölma/ sgrol ma), o aspecto feminino
da compaixão, que manifesta 21 emanações para ajudar
os seres. Na China, onde Avalokiteshvara também é um ser
feminino, sua montanha sagrada é P'u-t'o'-shan (província
de Chekiang).
Samantabhadra
(chin.
Pu-hsian, jap. Fugen, tib. Kuntuzanpo/ kun tu bzang po)
"Toda
bondade"; protetor daqueles que ensinam o Dharma. No Tibet, ele
é o bodhisattva das oferendas supremas; em seu aspecto dharmakaya,
abraçando a consorte Samantabhadri, ele é o Buddha primordial
da escola Ningyma representado a não-dualidade. Na China, sua
montanha sagrada é O-mei-shan (província de Si-chuan).
(chin.
Wen-shu, jap. Monju, tib. Jampel/ 'jam dpal)
"Fala
nobre", o bodhisattva da sabedoria, que geralmente é representado
com uma espada (para cortar as delusões) e uma escritura.
Na China, sua montanha sagrada é Wu-t'ai-shan (província de Shansi).
Maitreya
(chin.
Mi-le, jap. Miroku, tib. Jampa/ byams pa)
"O
amoroso"; o buddha do futuro, que deverá aparecer para restaurar
o Dharma quando os ensinamentos de Buddha Shakyamuni desaparecerem.
Segundo
alguns textos, ele está no paraíso de Tushita e nascerá
como um Buddha daqui a trinta mil anos. Na China, ele é popularmente
conhecido como o "Buddha da Felicidade".
(chin.
Chin-kang, jap. Kongôyasha, tib. Chagna Dorje/ phyag na rdo rje)
Um
dos dharmapalas, ou protetores do dharma, associado aos meios hábeis,
ao poder do método.
Seu aspecto irado simbolicamente representa que Vajrapani destrói os venenos mentais, como a ignorância, o ódio e o apego.
(chin.
T'i-t'sang, jap. Jizô, tib. Sainyingpo/ sa'i snying po)
"Aquele
que abarca a terra"; bastante conhecido no Japão como protetor
das crianças mortas e libertador dos tormentos.
Mahastamaprapta
(chin.
Shih-tzu, jap. Seishi)
"Aquele
que obteve grande força"; ele representa o poder e a sabedoria
do dhyani-buddha Amitaba concedendo o conhecimento necessário
para despertar a natureza búddhica e ajudando os seres a alcançar
a iluminação.
(chin.
Hsü-k'ung-t'sang, jap. Kokûzô, tib. Namkhai Nyinpo/
nam mkha'i snying po)
"Aquele que abarca o espaço"; o guardião de bênçãos e tesouros infinitos, associado à sabedoria e à compaixão. Diz-se que que todo aquele que praticar rigorosamente os seus métodos conseguirá alcançar a sabedoria de buddha e se tornar iluminado. |
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
A planta, que também é conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é da família das ninfáceas (mesma família da vitória-régia), nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia).
A pureza representada pela flor e até mesmo a associação à Buda, ocorre em alusão ao processo de germinação da flor que emerge de águas lodosas para a superfície e quando desabrocha mostra toda a sua beleza e força, abrindo as flores brancas imaculadas.
Cultivada em áreas alagadas, a flor de lótus brota com facilidade em praticamente toda a Ásia. Ela pode ser cultivada em vasos imersos, lagos, espelhos d'água ou tanques de jardim. Por ser uma planta aquática, dispensa regas e requer adubação apenas uma vez por ano. Precisa de sol pleno a maior parte do dia e é muito sensível a geadas. Sua haste, muito comprida, pode alcançar mais de 1 metro acima do nível da água.
Na Índia, a imagem da flor está relacionada à criação do universo. Repare nas gravuras indianas, os deuses costumam aparecer sentados ou em pé sobre a flor, como é o caso das representações de Ganesha, Lakshmi e Shiva. Fonte; http://vilamulher.terra.com.br/a-simbologia-da-flor-de-lotus-12-1-3209-8.html
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